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Dos dias que passam longe da prátria amada, quando já se é quase mais de cá do que de lá. "I'm a legal alien".
A 31 de janeiro, um adolescente de 15 anos foi agredido e acorrentado pelo pescoço a um poste na zona sul do Rio de Janeiro. Este terá sido um ato de "Justiceiros", grupos de rapazes que tentam fazer justiça com as próprias mãos - alegadamente, o rapaz preso a um poste com um cadeado para bicicletas estaria ligado a assaltos no bairro. Yvonne de Mello, que o encontrou e denunciou a situação, fez a associação óbvia: o "quadro" trazia reminiscências dos terríveis castigos do tempo dos escravos.
A situação já seria suficientemente absurda sem a achega de Raquel Sheherazade, uma apresentadora da SBT que adora mandar bitaites (ultra)conservadores e achou por bem dizer que a "pena" aplicada pelos "justiceiros" era compreensível. (E porque o Brasil não seria Brasil sem pessoas a inventar uma piada à altura, eis que surge a Ruth Sheherazade)
Entretanto, e ainda mais grave, é já ter havido outros casos em que cidadãos resolvem agir para fazer "justiça" por acharem que a justiça será demasiado branda ou demasiado lenta.
Para quem o assunto é novidade, aqui fica uma cronologia com alguns apontamentos:
Adolescente é agredido a pauladas e acorrentado nu a poste no Rio
Ação de "justiceiros" confronta Brasil com velhas mazelas
Justiceiros sinalizam alerta para sociedade carioca
Ação de 'justiceiros' é reprovada por 79% no Rio
Ação de justiceiros é um retrocesso à barbárie, afirmam especialistas
"O senhor é quem?"
Temos amigos que estão connosco todos os dias, que nos fazem festas e tornam tudo mais quentinho. E temos aqueles que encontramos só de vez em quando, mas que nos ensinam tanto de cada vez, que nos mostram verdades sobre a vida e nos transmitem todo o sentimento do mundo. Sem nunca nos terem conhecido.
Ontem morreu o meu amigo Eduardo Coutinho.
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